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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Limpa


Não sinto os teus braços nem as unhas,
Elas já não me cravam as costas.
O teu colo não mais me consola.
Os teus pés fugiram
Pisando em minha alma.
As mãos tuas carregaram minhas lágrimas.
E a tua boca as bebia insaciavelmente.
Ecoaram lampejos da noite desestrelada
Enquanto eu tornava-me fria e vazia.
Engoli a seco o teu desprezo
Banhei-me com as agonias
E saciei-me da tua indiferença.
Hoje estou limpa.
Limpa de bons sentimentos.
Limpa de beleza.
E eu estou viva
Alegrando-me de sofrimentos.

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